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Paratodos

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Trecchina, Potenza. Foto: Luke18389. Eu e a minha família tivemos uma grande surpresa quando, ainda nos primórdios da minha pesquisa, descobrimos ser provenientes de uma linhagem italiana. Eu sabia ter sangue itálico por meu avô Ricardo, mas não pelo meu avô Alexandre. A história tem início no sul da Itália, na pequeníssima comuna de Trecchina, em que nasceram os irmãos Francesco e Michele. Filhos de Giacomo Pesce e de Rosa Schettini, eram eles provenientes de uma linhagem constituída por ferreiros, trabalhadores braçais e fiandeiras. Humildes, não eram ilustres, conheciam o trabalho e as dificuldades de um inverno rigoroso. Logo cedo, aos 20 anos, o primogênito Francesco casou-se com uma senhorita de nome Marianna Pignataro, estando grávidos já no terceiro mês do enlace. O pequeno Giacomo, que recebeu o nome do avô, nasceu no mês de agosto seguinte e era afetivamente um rebento importante para a unidade familiar, no entanto, não era destinado a viver por muito tempo, finando com apena

Linhagem

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Início dos anos 2010: vovó Ivani e vovô Alexandre, mãe e filho. 11 de abril de 1771. A minha única bisavó viva é membro, por nascimento, de uma extensa família caracterizada pela tradição médica. Originalmente nomeada Ivani Serpa de Abreu, seus (nossos) ancestrais remontam ao Sudeste do país. O mais antigo avoengo localizado desta linha é o carioca cirurgião-mor José Antônio de Serpa. Nascido na Sé do Rio de Janeiro, migrou ele no século XVIII para Pernambuco e aqui casou com a recifense Maria Inácia da Conceição, atuando na terceira dos auxiliares na cidade natal da sua esposa. É sabido que na sua freguesia originária, os patriarcas da família Serpa são o lisboeta capitão António Monteiro Serpa e a dona Ângela da Mota Leite, provenientes de uma linhagem de Dom Afonso Henriques. Apesar de não ter, ainda, descoberto quem foram os pais do Dr. José Antônio, tenho fortes crenças de ser ele descendente desses velhos Serpa's. Sua morte é datada de antes de 1790, e com dona Maria Inácia f

Antenati

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 Quando criança, a Itália era objeto de um grande fascínio de minha parte, talvez por saber que eu vinha de uma linhagem pertencente ao jovem país. Pequeno, acreditava ser a minha bisavó Lúcia, a italiana da família, mas crescendo um pouco, descobri ser o avô dela, o legítimo antenato . Chamava-se ele Pascoal. Meus parentes, apesar de se orgulharem da ascendência, não guardaram nenhum costume ancestral, talvez por não terem convivido com algum sequer. Na quarentena, quis retomar uma parte da cultura que me foi perdida pelo passar das gerações. Estudei o Reino de Nápoles, a formação do Reino da Itália e o último monarca Savoia. Aprendi o idioma e muito me esforcei para melhorá-lo. Felizmente, algum tempo atrás e com o auxílio de primos afastados, consegui restituir parte da história das minhas duas primeiras gerações ítalo-brasileiras, e é aqui o meu ponto de partida: O Pascoal, melhor, o Pasquale, nasceu no Sudoeste do país, na atual comuna de Casalbuono, em 18 de junho de 1850, como o

O tio Eutrópio

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Dr. Eutrópio Gonçalves de Albuquerque e Silva, recorte de uma imagem dele em sua seção com os seus auxiliares, na Revista de Pernambuco de 1924, edição número 03. Primo do ex-Ministro da Guerra Vespasiano de Albuquerque, o tio Eutrópio era padrinho do meu bisavô, Edmundo, e irmão do pai dele, Fortunato.  O vôdrinho nasceu na Boa Vista, no Recife, em 30 de outubro de 1859, gêmeo de Filomena. Seu pai, o Major Joaquim, era um comerciante de algodão e um tanto polêmico, envolvido em discussões públicas ao longo de sua vida. A mãe, Ana da Cruz, era filha de um poeta luso-brasileiro e a mais velha de três irmãs, que terminou de criar com a morte precoce dos pais. A sua infância foi composta por muitas crianças, era o quarto de cinco meninos e muitos outros nasceram na medida em que ele crescia. Inicialmente, vivia em Goiana, mas aos 7 anos mudou-se para Palmares com a família, por seu pai constituir negócios por lá. Aos 24 anos, com distinção formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Socia